Trancado e fechado,
ele estava no chão...
e olhou para cima
não conseguia se mexer
abaixo, estava sua única solução,
sua impossível solução
seu desejo era de entrar pelo ralo
a água lavava sua alma,
mas seu corpo continuava sujo
querendo ver estrelas
ele viu apenas pó e sofrimento
não queria sair de lá
criando coragem, ele gira seu pulso
um vento gelado corre pelo seu corpo
ele se arrepende, mas continua
vai ter de, finalmente,
encarar o mundo de novo
trancado e fechado,
foi a hora mais livre de sua vida
(escrito em algum dia de 2006)
sábado, 19 de julho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Uma ressaca e nasce um poeta.
Incrível, não? Mesmo negando tanto a poesia, o sentimento que teve não pode ser descrito de outra forma: é lirismo.
Assim como eu, mais um que tenta escrever algo que faça sentido em versos. Que nem sempre consiga, já que a graça disso tudo é o provável fracasso da escrita, mas que sempre sinta. Poesia é assim. Não temos Drummond nem Pessoa como nossos sobrenomes, mas sentimos...
Abraço, Brunão.
Fico feliz por ter atendido ao meu pedido.
Saudade, brother.
Você já sabe a minha interpretação.Ela é a minha.Como você mesmo disse, há tantas outras.Melhores talvez!
Mas ainda sim esse é um ótimo texto, em prosa ou não.Apoio totalmente a criação de outros se assim for possível.
Tá, lá vai:
falta uma virgula, antes do finalmente, eu acho.
queria ouvir vc lendo, dependendo de como vc ler, falta estrofes. mas depende muito.
muito bonito o poema. tá, eu sei que vc vai quase falar "jessica, chega de religia" mas nao dá, me lembra a liberdade nos meus momentinhos em que parece que Deus toca em mim. Tipo esses dias no curso de férias. E um "droga, tenho de voltar pra realidade?".
algung jogos de contraposiçao e repetiçao interessantes.
uma linha que nao entendi: po e sofrimento. mas ele nao estava alheio do mundo? ou isso eh dentro dele mesmo?
muito bonito. parabéns.
agora, Deus, vai lá falar pra ele que isso pode existir do seu lado.
=)
te adoro. de verdade.
Jeh
Postar um comentário