domingo, 27 de dezembro de 2009

Dizem que não tem tradução

Tenho muitas saudades de uma pessoa.

É bom poder mandar uma mensagem de celular pra ela e poder dizer o que eu sinto e receber uma resposta sincera também.

Te adoro,
cada dia você se torna mais especial para mim,
tanto na memória quanto no dia a dia.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Saudade

Tenho passado um presente diferente.
E tenho dado um presente pra outra pessoa.
O de conseguir ver as coisas como elas realmente são.
Quando o entrego, fico sem nada.

Mas também tenho um presente: meu passado.
Memórias e lembranças.
São as fotos e cartas antigas,
alguns manuscritos já digitados,
poemas e pensamentos.
Um eco do que eu fui.

Será um do que vou ser, também.
O futuro, incerto, virá fruto do agora.
Fruto furtado de um vôo fretado para o desconhecido.
Mesmo sem saber o que isso quer dizer, pego carona.
Dizer por dizer, sem sentido, sabe?

Mas, no final, tudo não passa de uma guerra.
E é isso que qualquer soldado escuta todo dia: Sentido!
E não faz o mínimo.
Nem isso,
nem a vida.

Mas quem disse que precisa ter?

*Observação: nem lembrava desse texto ou de ter escrito isso. Encontrei pela metade do que é agora no meu computador: mudei, coloquei, tirei e acabou virando o que virou.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Amizade(s)

Vocês sabem o que eu sou, vocês me conhecem.
Vocês sabem o que eu penso, vocês me controlam.
Vocês sabem o que eu amo, vocês me provocam.

Sei que todos vocês estão aí para deixar o céu mais azul.
Sei que todos vocês conseguem tirar meu melhor.
Sei que todos vocês brincam com o (des)conhecido.

Ainda assim quero que vocês me abracem.
Ainda assim quero que vocês me vejam.
Ainda assim quero que vocês me entendam.

Imagino que vocês ainda estejam aí.
Imagino que vocês acreditem no que eu digo.
Imagino que vocês façam as coisas terem sentido.

Desejo a cumplicidade de vocês.
Desejo o mesmo presente que dei a vocês.
Desejo que vocês não sumam na escuridão.

Com vocês posso escrever uma carta e pedir pra não rir.
Com vocês dar as mãos é se entender.
Com vocês querer é poder.

O caminho é difícil para vocês mas eu estou aqui.
O caminho é longo para mim mas vocês estão aqui.

Queria poder escrever para vocês quebrando os muros.
As rachaduras iriam machucar vocês.

Quero mirar no olho de cada um de vocês e dizer:
Desejo pra ti toda a felicidade do mundo.
E estou sempre aqui, do seu lado, fazendo o máximo pra que isso aconteça.

domingo, 13 de setembro de 2009

Na praia do sono

Com o papel o amor a caneta o caderno de apoio a vela o vinho o cigarro a areia o mar o luar a solidão a ideia a curiosidade a vontade a saudade a compreensão o impulso a cumplicidade a fuga e a pedra ele escreveu aquilo pra uma ou nenhuma pessoa saber, não importa.

Algum palpite?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Contradições ou Revolução

Existe aquele momento em que eu penso: "O que fazer?" Ele já aconteceu várias vezes, sempre seguido daquela sensação em que aprendemos alguma coisa e que podemos melhorar. Acontece de forma rápida e quase imperceptível; permanece em mim, para de uma hora para outra - puf - brotar assim. Sempre depois de uma conversa, atitude ou exposição àquelas coisas que parecem novas, que podem mudar o mundo de um jeito simples e despreocupado.

Um passo de cada vez, claro. Mas o que eu quero é inverter totalmente a situação e me livrar das coisas que me trazem, no mínimo, um certo desconforto. Nesse momento, me sinto capaz. É como se eu pudesse, sentado aqui nesse sofá às 4:17 da manhã de uma segunda-feira me tornar aquilo que eu desejei com um estalar de dedos. Quero colocar meus conceitos em um alvo e disparar toda a munição de uma só vez.

( É legal perceber que do primeiro parágrafo para o segundo eu passei da ideia de mudar o mundo para mudar a mim mesmo. E só reparei isso agora (esse "agora" significa no momento em que escrevo isso, não a minha situação atual) . Por enquanto, tenho algumas linhas mais para baixo que achei que ficariam melhores depois de mais algumas palavras.

A vida segue e existe. Temos as coisas boas e ruins. E a subjetividade é uma das coisas mais bonitas e relevantes. Ok, acabei de pensar que o mundo em que vivo sou eu (ou o reflexo das minhas ações). Cliché. Mas é nisso em que eu acredito nesse momento. )

É do jeito que eu falo, me visto e penso que estou aqui, nessa posição, hoje em dia e nada mais. Se eu não falo com aquela garota, se eu não consigo aturar aquele cara, se me divirto com aquele filme é por tudo que eu passei até aqui. Bastante paradoxal pensar nisso. Isso por que minha maneira de encarar as coisas variam sempre nesse aspecto: hoje tudo depende de mim ou hoje não posso fazer nada. Não sei se pode ser proporcional ao meu conformismo em relação ao jeito que as coisas vão acontecendo.

É injusto dizer que não amo quem me ama. Pelo menos não da forma que deveria. Mesmo assim, não é certo também me sentir responsável por isso. E não gosto de acreditar que todos os outros tem esse mesmo direito. Pode parecer egoísmo, mas não. Todos tem o que temer, o que dificulta o progresso, o aliado do status quo. Quase sempre é disso que tenho que me livrar. Cada uma daquelas coisas que disse serem desconfortáveis. E hoje eu posso. Não é que eu penso que posso, eu realmente posso. Tanto embora, enquanto tento convencer aos outros disto vocês podem estar pensando: "ele está enganando é a si mesmo, coitado".

Enganar para mim, para os que me conhecem um pouco mais de perto, é algo altamente reprovável. Não pelo simples fato de modificar ou distorcer. Mas pelo fato de ser um ato que contrapõe a sinceridade, a transparência que eu tanto prezo. É uma das coisas que mais me trazem paz.

Agora voltando à subjetividade: o difícil dos problemas é o modo como os enxergamos. Minha vida está, de certa forma, no rumo que escolhi e desejei. Me sinto feliz. É que cada vez que um desses momentos acontecem comigo, procuro de outra forma a felicidade. Isso pode ser encarado como um problema ou não. Depende de mim. É aí que está o meu ponto. A velha baboseira do copo meio cheio ou meio vazio. E é uma coisa simples como essa que explica uma filosofia complexa como a vida.

Nesse tipo de momento que eu tento explicar, sempre o vejo como algo extremamente positivo. Quem sabe se é por que encontrei algo para me entreter? Se encontrei algo que eu desejo mudar? A sensação de não estar parado já é prazeroza. "Então não pensar no que eu quero mudar, mas o que quero manter." O problema nisso é que se focarmos nestas tudo continua do jeito que está, não é?

Gosto mesmo de mudar, não questiono se para melhor ou pior. Gosto de me sentir novo para me redescobrir. Aprender mais sobre mim e sobre a vida a cada uma das coisas simples que eu passo já é há algum tempo o que eu mais quero. Nesse momento eu sinto que está acontecendo, por isso estou feliz desse jeito.

Esse texto ficou mais longo e mais no estilo auto-ajuda do que eu queria, mas é que realmente queria registrar um pouco do que eu estava pensando. Não vou mudar nada, não vou mudar palavras para o texto ficar esteticamente mais palatável. Depois leio e consigo me lembrar exatamente da sensação. E lembrar de como já fui. Só aí vou saber como vou ser no meu futuro presente.

sábado, 22 de agosto de 2009

aquela rua...

Augusta a gosto em agosto.

Desgosto não poder gostar todos os dias.

Fica só o gosto de álcool que um dia bebi.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

de novo eu aprendi...

... que ser sincero com todo mundo, ser transparente e expor todos os pensamentos e sentimentos é uma das coisas que mais me traz paz.

o problema é que muitas vezes desaprendo ou esqueço algumas das coisas que me fazem bem, como essa.

dizer pras pessoas o que eu quero, o que eu não quero, como quero.

se perguntarem, respondo.
se não perguntarem, digo mesmo assim.

tem algumas pessoas que podem escutar de tudo o que eu tenho pra dizer, mas não são tantas. mesmo assim poucas destas conseguem me entender. mas quando acontece é maravilhoso.

hoje aconteceu.

obrigado para essas pessoas. todas elas.

pois é de paz que eu preciso agora.
agora e sempre.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Problemas e paixões

Eles são praticamente iguais.

O atual é o maior, mais intenso. Não sabemos como lidar.

É uma coisa única; nunca vimos nada parecido antes.

Para os dois existem soluções. Esquecer - tantas vezes mais difícil - ou levar adiante.

Se aparecer um novo (leia-se substituto) para ambos, daremos mais atenção. O que ficou pra trás já é passado, deixa pra lá...

...que a montanha russa da vida continua.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

quando o mundo para de girar...

...pra gente, esquecemos que pros outros ele continua.

o tempo está parado. o coração nem bate mais.

mesmo assim, a vida dos outros continua.

e a nossa, estática, procura escolher uma direção pra seguir.

nem importa pra onde.
basta não ficar parado.

o que não ensinam é que isso é desgastante e difícil e só se consuma depois de muita espera e lágrima.

preciso disso...

...um pouco de informação.

a curiosidade matou o gato.

e me mata aos poucos, lentamente.

domingo, 7 de junho de 2009

É realmente estúpido...

quem disse que quem está triste não deve andar com os felizes para não tomá-los como objeto de inveja.

É realmente reconfortante saber que tem alguém com quem nos importamos que está radiante. Melhor ainda é saber que esse alguém confia em nós.

Acho que, afinal, temos alguma coisa a ensinar...

domingo, 24 de maio de 2009

Tem vezes...

...que a gente percebe que estamos fazendo tanta coisa errada que nos esquecemos que quem merece mesmo nossa atenção é quem realmente a quer e, na maioria das vezes, resolve se doar um pouco também.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

(Um outro) funeral para o coelho branco

Verde.

Verde.

Verde.

Branco e preto.

Ou roxo, tanto faz.

Foda-se.

A mediocridade reina.

As pessoas se agarram no primeiro tronco que bóia no rio repleto de merda.

Acontece que a merda toda também flutua e tudo fica muito perto.

Mal dá pra respirar naquele ar nojento.

Será que mergulhar ajuda em alguma coisa?

Às vezes nem adianta tentar fazer algo.

É só esperar pararem de jogar a porra do esgoto onde todo mundo nada.

O pior é quando a gente não sabe nem quem tá fazendo isso.

Não sabe só por que o filha da puta se esconde num bueiro ou qualquer outro lugar sujo.

Deve até morar num lugar assim, rato miserável.

Isso tudo me lembrou o Altro, o Caulfield e aqueles velhos tempos.

Eu achava que tinha problemas.

Muleque idiota.

Hoje em dia pode ser a mesma coisa: amanhã olho pra trás e penso algo do tipo.

Muleque idiota.

Lembro até do que ele falou da mulher peituda.

E daquilo que ele falou que era o oposto de café.

Eu só quero o gosto do café amargo na minha boca pra poder pensar em outra coisa.

Mas nem sei se consigo.

Nem sei se devo.

Só estou vestindo a carapuça.

Tiro assim que ficar de saco cheio.

Fácil assim.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

lembranças de hoje

As pernas amarravam-se como se nunca mais fossem se soltar. Aquele nó movia-se com graça e harmonia. Suas peles tentavam se tornar uma só. Por mais que sua relação fosse explicitamente sincera, seus sentimentos não o eram. Ele, sem conseguir entender a si mesmo, permanecia com a situação conservada em um vidrinho de formol. Ela, que tentava entender tudo aquilo que estava se passando, corria, confusa, em um carrossel sem montaria. Como dois amantes agiam.

Somente naquela noite, porém, não iriam se amar, como dizem por aí.

Por mais que ambos tentassem se expressar, isso não bastava para continuarem ali. Qualquer um que olhasse para aqueles dois veria através de seus sentimentos transparentes algo maior que o amor. O casal já tinha percebido isso faz tempo. Talvez fosse isso que fizesse com que continuassem felizes com tudo e, portanto, permanecessem imóveis.

Essa era sua bênção e sua sina.

Mal sabiam eles, que daí alguns dias iriam dançar juntos na chuva e algo iria mudar. Engraçado dizer isso, já que com música começaram a relacionar-se. Mesmo assim, nesse dia era como se essa chuva, desafinadamente acolhedora, fosse outra música para os dois. Música, esta, que não sabiam dançar; finalmente o improviso guiou seus pés. Mal sabiam eles, que isso marcaria o fim dessa história – ou melhor, de um capítulo dela – para algo totalmente novo tomar seu lugar.

E era exatamente isso que os dois precisavam.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Vagalume

Estou com medo...
Aquela coisa escura vem vindo e eu não sei o que fazer.
Fico sem reação.

E só me resta uma luz piscando na escuridão.

Tudo é belo.
O tempo não passa, para.
Maravilhoso e excitante.

Rapidamente ela passa, mal percebo o que aconteceu.
O que realmente aconteceu?
Com certeza, assumo que não sei.

O que vem depois disso?
Deve ser algo melhor ainda.
Mesmo a insegurança parece estar do meu lado agora.

Talvez não.
O que é preciso fazer?
Como consigo voltar para aquele lugar?

Devo ficar feliz com o que passou.
Muitos não tem nem isso para se agarrar.
Estou feliz. Feliz mesmo.

A escuridão me abraça pela última vez.
Estou calmo, parado, esperando pra ver o que acontece.
O que acontece são os primeiros raios de sol atingindo meus olhos.

Vai demorar para essa luz me abandonar novamente.
A eternidade de um dia.
E, mesmo que seja agora mesmo, de uma vez, já estarei preparado com aquele meu jeito de improvisar.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

cartas abertas

Eu e um grande amigo estamos trocando cartas. Pensamos, criticamos, raciocinamos, julgamos e publicamos.

Para quem se interessar,

http://e-pistolar.blogspot.com

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Dicionário interior

Decepção. É desconfortante, chega a ser perturbador às vezes. Ela pode ser até ignorada; fingimos que nada aconteceu e continuamos andando, sem mais nem menos. Mesmo assim, abala. Realmente não queremos acreditar. Mas e se, simplesmente aconteceu? É algo imprevisto, repentino. Mas para quê explicar, se todos já sabem exatamente o que é isso? Um pedido pode ser não atendido. É...não foi. E aparecem as dúvidas: virá outra desculpa, outra forma de explicação que, querendo ou não, me faz sentir melhor? Será que eu não merecia que isso acontecesse? Vamos esperar para ver o que vai acontecer. Quem sabe seja só imaginação, cría cuervos. Sempre acho que é.

Esperança. É aquilo que te prende à incógnita, ao futuro. Uma tentativa de enxergar as coisas com bons olhos, nunca temendo que o pior acontecerá. Mas, de novo, para quê explicar? Para mim, está quase sempre presente. Sou excessivamente otimista. Isso significa que me decepciono facilmente. Às vezes imagino que essa seja uma forma de enganar a mim mesmo. Quase sempre funciona, se o é. Mas outras vezes, acho que é simplesmente uma maneira de tentar, por meio de meus atos, que tudo dê certo no final. Mesmo que o final não dependa só de mim. Esse mesmo é um jeito otimista de enxergar as coisas.

Incerteza. É a estrada entre o que esperamos e o destino. É aquela parte que, na minha opinião, mais aprendemos. É o que, de certa forma, alimenta a esperança nas pessoas. Não saber o que vai acontecer, permite que imaginemos as situações um pouco mais do jeito como queríamos que fossem. Mesmo assim, nem sempre é o que acontece.

Mesmo assim, ultimamente tenho partido da esperança, passado pela incerteza e por mais otimista que fosse, acabava decepcionado. De que vale esperar alguma coisa, se ela não vai acontecer? Como sempre, espero algo definitivo, mesmo sabendo que quase nada na vida o é. Nem que seja para colocar em um embate a esperança e a decepção. Mesmo que para a esperança, a decepção tenha uma ceifadeira e se vista de preto. Mesmo que nem sempre, ela seja a última a ir para a sepultura.

(De fato, é o que aconteceu com você. Sei que não vai ler isso, mas...desejo para você que a estrada se torne mais fácil com o tempo. É o máximo que eu posso fazer e peço desculpas por isso.)