Ele estava sozinho em sua
casa, trancado já há muito tempo. "Simulando um apocalipse
zumbi em minha vida", escreveu. Tentava criar uma história decente
em seu computador enquanto as janelas do facebook saltavam como
grilos e piscavam como vagalumes. A atenção no foco principal era
retirada de segundos em segundos. Mas agora que eu me lembro bem, a
casa não era dele. Ele só
pagava um aluguel com um dinheiro que os pais – aí sim, dele
– davam de presente. É estranho pensar que os filhos são donos de
seus próprios pais.
Te
juro que estoy intentando. Y ni siquiera así yo consigo. Tal vez yo
nunca tenga nacido para ese tipo de cosa y tenga que trabajar en una
oficina cualquiera. Muchas veces pienso que intento retardar la vida
mientras al mismo tiempo la ansia de abarcar toda esa plenitud me
consume. Y ya no tengo piso o norte. Es difícil ser feliz en Buenos
Aires.
As
companheiras já tinham saído da casa e ele estava sozinho. Não
faria muita diferença durante os últimos dias se elas ainda
estivessem em casa. Ele estaria isolado em seu casulo espacial,
tentando chegar em uma galáxia longe dali. Aí sim ele poderia olhar
pra cá e perceber as coisas que acontecem. O grande problema é que
nem dinheiro pra gasolina ele tinha. Teria que pedir: “Oi mãe, me
dá uns 5 milhões pra eu conseguir sair do planeta?” Pobre rico.
Nem as pernas eram dele. Não podiam obedecer o cérebro infectado
por tantas pressões internas e externas.
Que
mentira. Yo sé exactamente como hacer eso. El tema es que creo que
tengo un miedo enorme de saltar para afuera del círculo ese en que
siempre viví. Adentrar un espacio de prostitución, como todos
siempre tienen que estar. Yo veo alrededor y están todos ahí. Son
pocos los que luchan de verdad por tener lo que quieren. Ah, como yo
quisiera vivir en un mundo donde nadie es esclavo de nadie. No quiero
ser dueño de nadie. Quizás de nada. Y que nadie me tenga tampoco.
Pero para eso hay que luchar y siento que ya comieran mis ojos.
Malditos zombies sin voluntad. Me volvieron en un pedazo de carne
más.