quarta-feira, 22 de abril de 2009

(Um outro) funeral para o coelho branco

Verde.

Verde.

Verde.

Branco e preto.

Ou roxo, tanto faz.

Foda-se.

A mediocridade reina.

As pessoas se agarram no primeiro tronco que bóia no rio repleto de merda.

Acontece que a merda toda também flutua e tudo fica muito perto.

Mal dá pra respirar naquele ar nojento.

Será que mergulhar ajuda em alguma coisa?

Às vezes nem adianta tentar fazer algo.

É só esperar pararem de jogar a porra do esgoto onde todo mundo nada.

O pior é quando a gente não sabe nem quem tá fazendo isso.

Não sabe só por que o filha da puta se esconde num bueiro ou qualquer outro lugar sujo.

Deve até morar num lugar assim, rato miserável.

Isso tudo me lembrou o Altro, o Caulfield e aqueles velhos tempos.

Eu achava que tinha problemas.

Muleque idiota.

Hoje em dia pode ser a mesma coisa: amanhã olho pra trás e penso algo do tipo.

Muleque idiota.

Lembro até do que ele falou da mulher peituda.

E daquilo que ele falou que era o oposto de café.

Eu só quero o gosto do café amargo na minha boca pra poder pensar em outra coisa.

Mas nem sei se consigo.

Nem sei se devo.

Só estou vestindo a carapuça.

Tiro assim que ficar de saco cheio.

Fácil assim.

3 comentários:

Tory Oliveira disse...

bruno e seus textos herméticos ;)

Sr. Arquiteto disse...

Foda cara, no mínimo.

Anônimo disse...

muleke idiota.



tira (arranca) a carapuça e aceita sua faceta.

ou sei lá.