Eu tava lá, descendorrua e descendonível. Tava entrando em uma nóia cada vez maior enquanto a calçada ficava mais áspera e o gosto do ácido já sumia da boca.
Tropecei. Tá batendo, caralho.
O chão era mesmo bem áspero e o sangue sujava minha camiseta de 15 reais de vermelho fosforecente. Tinha tanta bituca no chão que eu me senti como qualquer merda dentro de um cinzeiro imundo. Só não queria ser aquela porra de chiclete que sempre jogam no cinzeiro. Putaquepariu. Sempre tem unzinho que vai e joga aquela porra mascada e babada lá dentro.
Eu queria era entrar naquela boca, queria sentir aquela coisa toda molhada e o movimento repetitivo com o barulho também repetitivo. Queria encostar em cada lugarzinho daquele buraco quente e úmido. Mas chiclete não queria ser. Não queria ser jogado na merda do cinzeiro imundo e não queria ser amassado, mascado e nojentamente descartado com um monte de cigarros.
Putaquepariu, isso não.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
passa por aqui?
pra gente fumar mil cigarros
pra gente beber coca cola
pra gente papear um pouco
por gente ficar por aí
pra gente beber coca cola
pra gente papear um pouco
por gente ficar por aí
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