Verde.
Verde.
Verde.
Branco e preto.
Ou roxo, tanto faz.
Foda-se.
A mediocridade reina.
As pessoas se agarram no primeiro tronco que bóia no rio repleto de merda.
Acontece que a merda toda também flutua e tudo fica muito perto.
Mal dá pra respirar naquele ar nojento.
Será que mergulhar ajuda em alguma coisa?
Às vezes nem adianta tentar fazer algo.
É só esperar pararem de jogar a porra do esgoto onde todo mundo nada.
O pior é quando a gente não sabe nem quem tá fazendo isso.
Não sabe só por que o filha da puta se esconde num bueiro ou qualquer outro lugar sujo.
Deve até morar num lugar assim, rato miserável.
Isso tudo me lembrou o Altro, o Caulfield e aqueles velhos tempos.
Eu achava que tinha problemas.
Muleque idiota.
Hoje em dia pode ser a mesma coisa: amanhã olho pra trás e penso algo do tipo.
Muleque idiota.
Lembro até do que ele falou da mulher peituda.
E daquilo que ele falou que era o oposto de café.
Eu só quero o gosto do café amargo na minha boca pra poder pensar em outra coisa.
Mas nem sei se consigo.
Nem sei se devo.
Só estou vestindo a carapuça.
Tiro assim que ficar de saco cheio.